Sentada numa cadeira de baloiço

a olhar para uma parede cinzenta, escura e vazia

onde tudo me parece estranho 

O mundo, esse já não o reconheço 

As pessoas têm comportamentos cada  vez mais bizarros

E no meio de tanta tragédia, sinto que já não me conheço

Sou um ser humano insignificante num mundo, igualmente, insignificante

Será que estamos numa telenovela da vida real?

Será que o nosso sofrimento é uma ilusão?

Se isso for verdade, quem são os protagonistas e vilões desta história?

Sou uma pessoa fria, desconfiada e insegura

Graças ao meu passado que quero esquecer

Tenho medo de tudo e de nada

O meu coração já não sente com medo de sentir

Quero fugir para um lugar onde só tu me possas encontrar

Porque sei que se me magoar

Contigo o meu sofrimento vai passar